Fitoterápicos: indicações e contra-indicações

07-09-2010 19:31

São medicamentos feitos de partes de plantas cujos princípios ativos não foram purificados, como chás, extratos e tinturas. Segundo a Anvisa, alguns fitoterápicos podem auxiliar no tratamento de várias doenças. O uso remonta aos tempos ancestrais e seu uso na medicina popular sempre foi bem difundido, porém, hoje em dia, há uma abordagem científica desses medicamentos com estudos clínicos para verificar a eficácia. Segundo VON MARTIUS, as plantas medicinais brasileiras não apenas curam, mas realizam milagres. As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo na tentativa de descobrir novas fontes de obtenção de princípios ativos.

Através dos dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS. Toda planta que é administrada de alguma forma e, por qualquer via ao homem ou animal exercendo sobre eles uma ação farmacológica qualquer é denominada de planta medicinal.Tais planta produzem substâncias responsáveis por uma ação farmacológica ou terapêutica que são denominadas de princípios ativos. As plantas medicinais podem ser adquiridas nas casas de ervas ou podem ser coletadas no campo, sejam silvestres ou cultivadas em jardins ou hortos.

OS EFEITOS DAS PLANTAS MEDICINAIS
Abortivo: provoca a eliminação do feto
Adsorvente: elimina os gases acumulados
Anticatarral: Inibe a formação de catarro.
Antiespasmódico: evita ou alivia as cólicas e os espasmos (contrações musculares dolorosas). Antiflatulento: elimina os gases intestinais.
Anti-reumático: combate o reumatismo e seus sintomas.
Antitussígeno: inibe a tosse.
Carminativo: elimina gases acumulados e favorece a digestão, diminuindo o inchaço abdominal, a flatulência e as dores.
Catártico: o mesmo que laxante ou purgativo.
Colagogo: favorece a eliminação do conteúdo das vias biliares.
Colerético: contrai a vesícula biliar para a eliminação de seu conteúdo
Diaforético: provoca suor. Diurético: faz urinar mais, auxilia a eliminação de líquidos pelos rins.
Drástico: purgante enérgico.
Emenagogo: estimula a menstruação (não é o mesmo que abortivo).
Emético: provoca vômito
Emoliente: suaviza, amolece uma inflamação.
Estomacal: ajuda a digestão no estômago.
Estomáquico: favorece as funções digestivas; tonificante do estômago.
Expectorante: elimina a mucosidade do aparelho respiratório.
Febrífugo: abaixa a febre. Galactogogo: aumenta a secreção do leite.
Hemostático: estanca as hemorragias. Laxante: purgante de efeito brando, que induz a evacuação de fezes moles, não causando dor nem irritação intestinal
Mucolítico: bloqueia a produção de muco; pode ser anticatarral.
Obstipante: prende os intestinos. Sudorífico: o mesmo que diaforético.

  

PRINCÍPIOS ACTIVOS DAS PLANTAS MEDICINAIS
Os constituintes químicos, encontrados nos vegetais, são sintetizados e degradados por inúmeras reações que constituem o metabolismo das plantas. A síntese de compostos essenciais para a sobrevivência das espécies vegetais, tais como: açúcares, aminoácidos, ácidos graxos, nucleotídeos e seus polímeros derivados, fazem parte do metabolismo primário das plantas. Enquanto que os compostos sintetizados por outras vias e que aparentam não ter grande utilidade na sobrevivência das espécies, fazem parte do metabolismo secundário, logo são denominados de compostos secundários. Os metabólitos secundários são caracterizados por não serem vitais para as plantas, na maioria das vezes, como os alcalóides; por apresentar diferenças qualitativas e quantitativas entre as diferentes espécies, e ainda, por serem produzidos em pequenas quantidades. A concentração de princípios ativos na planta depende, naturalmente, do controle genético e dos estímulos proporcionados pelo meio, como por exemplo fatores climático, edáficos (relacionados com o solo), exposições a microrganismos, insetos, outros herbívoros e poluentes. Os estímulos proporcionados pelo meio são normalmente caracterizados como situações de “stress”, isto é, excesso ou deficiência de algum fator de produção para a planta. Dentre os fatores climáticos, o fotoperíodo ( número de horas de luz por dia necessário por uma planta para que possam florescer), a temperatura, o “stress” hídrico (deficiência de água no solo) podem determinar em determinadas espécies a época ideal de colheita onde poderá se obter uma maior quantidade do princípo ativo desejado. Existem vários grupos de princípios ativos como por exemplo os alcalóides, os óleos essenciais, os taninos, as saponinas, os glicosídeos cardiotônicos, os flavonóides, etc.

 

CASTANHA DA ÍNDIA:
Nome científico: Aesculus hippocastanum L.
Constituintes químicos: aescina, aesculina, fraxina, saponinas triterpenóidicas (aescina e aescigenina), flavonóides (canferol, quercetina, rutina, astragalin e quercetina), heterosídeos cumarínicos (fraxina, escopolina, aesculetina, aesculosídeo e aesculina), óleos fixos (ácidos oléico, linoléico, palmítico, esteárico, e linolênico), taninos (ácido esculitânico, epicatequina, leucocianidina, leucodelfinina,), fitosteróis, bases nitrogenadas (guanina, adenina, e adenosina), alcalóides imidazólicos (alantoína), aminoácidos (arginina), ácidos orgânicos (cítrico, úrico), resina, vitaminas (B, K1, C, caroteno e pró-vitamina D), proteínas e açúcares.
Propriedades medicinais: adstringente, antiedêmica, anti-hemorroidal, antiinflamatória, estimulante, hemostática, redutora da permeabilidade capilar, tônica, vasoconstritora, vasoprotetor.
Indicações: Atualmente, é largamente cultivada na Europa. As sementes contêm: proteínas, flavonóides, um complexo conhecido como “escina”, dextrina, óleo graxo, amido, gomas, carboidratos, princípios amargos, esculina, saponinas triterpênicas e açúcares.
O extrato de castanha-da-índia é padronizado em escina, que é o princípio ativo responsável pela ação extraordinária anti-inflamatória.
A castanha-da- índia é indicada como fitoterápico no tratamento de perturbações da circulação venosa. Nos casos de flebites, e como preventivo de varizes e hemorróidas. Age como um tônico circulatório.
A castanha-da-índia tem efeito adstringente, antiinflamatório, analgésico, febrífugo e vasoconstritor.
Como fitocosmético a castanha-da-índia é indicada no tratamento da queda de cabelo e para cabelos fracos.
Parte utilizada: folhas, sementes, frutos.
Contra-indicações/cuidados: gravidez, nutrizes, crianças. Não usar com anti-coagulante, pois pode potencializar a ação de anti-coagulação.
Efeitos colaterais: superdosagens para tratamento de edema, em casos de fraturas e pós-operatório, pode causar insuficiência renal aguda. Os saponosídeos podem causar irritação das mucosas digestivas. Os aesculosídeos podem causar dermatite de contato. A escina (saponina) produz hemólise do sangue (in vítreo). Intoxicação por superdosagem: prurido, fraqueza, diminuição da coordenação, dilatação da pupila, vômito, depressão do sistema nervoso central, paralisia e estupor.
Mecanismo de Ação: São seus constituintes saponinas triterpênicas(8-28%), principalmente aescina e aescigenina; flavonóides (quercetina,canferol e esculina); heterosideos cumarínicos (esculosideo);vitaminas (B, K1,C, pró-vitamina D); ácidos graxos (2-5%); proteínas (8-10%); taninos; fitosterol; açucares.
Sabemos que a semente da chamada Aesculus hippocastanum, da família Hippocastanaceae, conhecida pelos íntimos como Castanha-da-Índia, apresenta propriedades demonstradas cientificamente como excelente tônico circulatório, adstringente, anti-hemorrágico, antiinflamatório e vasoconstritor, cuja principal ação se faz sobre o sistema venoso, aumentando a resistência e o tonus das veias, diminuindo a permeabilidade e a fragilidade capilar.
Tais importantes propriedades devem-se aos saponosídeos, hidroxicumarínicos e derivados flavônicos, que atuam positivamente sobre a fragilidade dos vasos capilares e como vasoconstritores periféricos.
Sabendo disso tudo, a ciência médica indicou seu uso para o tratamento sintomático dos males advindos de distúrbios do sistema venoso, aliviando portadores de varizes e suas complicações. As hemorróidas, por serem também varizes, porém em localização muito mais delicada (e dolorosa) que as dos membros inferiores, também podem ser tratadas com a nossa castanha.
Sua principal ação é sobre o sistema venoso, aumentando a resist6encia e o tônus das veias. Diminui a permeabilidade e a fragilidade capilar.
Suas propriedades se devem principalmente aos saponosídeos, hidroxicumarinas e derivados flavônicos que atuam sobre a fragilidade capilar e como vasoconstritores periféricos. Desta forma, a castanha-da-índia ativa a circulação sangüínea e favorece o retorno venoso prevenindo acidentes vasculares, estase venosa, espasmos vasculares e tromboflebites.
O efeito tônico da castanha-da-índia sobre o sistema venoso é percebido 15 a 30 minutos após a ingestão, traduzindo -se principalmente pelo alívio da dor.
São ainda objeto de pesquisas suas propriedades espasmolíticas e coronariodilatadora.

 

CAVALINHA
Nome científico: Equisetum arvense L.
Família: Equisetaceae.
Outros nomes populares: cavalinha-dos-campos, cauda-de-cavalo, cauda-de-raposa, eqüisseto, erva-canuda, erva-canudo, lixa-vegetal, milho-de-cobra, rabo-de-cavalo; acker-schachtelbalm (alemão); equiseto (espanhol); herbe de prêle de champs (francês); horsetail (inglês); coda di cavalo (italiano); equisetii arvensis (latim).
Constituintes químicos: ácido caféico, ácido fenol-carboxílico, ácido gálico, ácido palmítico, ácido silícico, apigenina, equisetonina, espermidina, glicosídeos flavônicos, luteolina, nicotina, sacarídeos, sais de potássio, saponinas, taninos, tiaminase.
Propriedades medicinais: abrasiva, adstringente genito-urinário, antiacne, antidepressivo, antifúngica, antiinflamatória, antiperspirante, anti-seborréica, ciática, cicatrizante, clareador do cabelo, digestivo, diurético suave, hemostática, hipotensor, remineralizante, revitalizante, sebostática, tônica, tônico para peles oleosas, vulnerária.

Indicações: ácido úrico, acne, afecção dos brônquios e pulmões, aftas, alergia, amidalite, anemia, ansiedade, arteriosclerose, baço, bexiga, blenorragia, bócio, cálculos renais, câncer, cárie, cansaço, catarro, celulite, clarear o cabelo, conjuntivite, descalcificação de dentes e ossos, edemas, eliminação de substâncias tóxicas no organismo, epistase, espinhas, estrias, exaustão, feridas de difícil cicatrização, fígado, flacidez da pele e músculos, fratura, frieira, gota, gripe, hemorragia interna e externa, hemorragia nasal, hemorróidas sangrenta, herpes, inchaço, incontinência noturna (em crianças), infecção de pele, inflamação, inflamação e infecção por bactérias no trato urinário, inflamações de útero, irritação das vias urinárias (rins e bexiga), lavar ferida, limpar impurezas do sangue e desintoxicar o organismo, menorragia, menstruações excessivas, obesidade, olheiras, olhos irritados ou inflamados, osteoporose, pedra na vesícula e rins, pele sem elasticidade e envelhecida, poros dilatados, pressão alta, problema ósseo, próstata, queda de cabelos, reduzir flacidez da pele e músculos (principalmente depois de dietas de emagrecimento), regimes de emagrecimento, retenção de líquidos, reumatismo, resfriado, rins, stress, tônico nervoso, transpiração excessiva, tuberculoses pulmonar e renal (remineralizar), unhas quebradiças rachadas ou fracas, úlcera.
Parte utilizada:
caules estéreis (que são mais alto, de coloração verde, e contém pequenas folhas pontiagudas que realizam a fotossíntese); raiz.
Contra-indicações/cuidados:
não deve ser ingerida por gestantes.
Efeitos colaterais: doses excessivas podem provocar: torpor, distensão abdominal, diarréia, hipotensão arterial, taquicardia, coma e até morte.
Mecanismo de ação

Possui ação depurativa, auxilia na eliminação de substâncias tóxicas, é um diurético suave, com ação adstringente e reguladora do trato genito-urinário, que é útil na incontinência urinária em crianças, é antiinflamatória, hemostática, sebostática, anti-acne, cicatrizante, tonificante, revitalizante, participa da calcificação dos ossos devido à sua ação remineralizante, atribuída ao Silício, age sobre as fibras elásticas das artérias, diminuindo o risco de ateromatose, principalmente em pessoas com o colesterol elevado, estimula o metabolismo cutâneo, tonificando e revitalizando unhas e pele, atua de maneira específica em inflamações da próstata, e desenvolve certa ação antimicrobiana.


CENTELLA ASIÁTICA
Nome científico: Centella asiatica (L.) Urban.
Constituintes químicos: ácidos: linoléico, palmítico, oléico, lignocérico, esteárico cêntico, centóico, betulínico e isobrâmico; alcalóide: hidrocotilina; substância amarga: velarina; glicosídeo: asiaticosídeo; vitamina: ácido ascórbico; triterpenos: asiaticosídeo, madecassosídeo, centelosídeo, brahmosídeo, thankunisídeo, isothankunisídeo; óleos essenciais: cânfora, cineol e n-dodecano; sapogeninas: ácidos asiático, madecássico, centélico, indocentóico, brâmico, thankúnico e isotankúnico; os açúcares: glicose, arabinose, frutose e ramnose; outros: r-cimol, a-pineno, metanol, óleo alil mostarda e grandes quantidades de trans-b-farneseno, germacreno D e b-cariofileno.
Indicações: afecção cutâneas, amenorréia, aparelho circulatório, articulações reumáticas, cãimbras, celulite, circulação de retorno, constipação, desordens dermatológicas (eczema, furunculose, lúpus, úlcera varicosa, hematoma, rachaduras da pele, varizes, psoríase, prevenção da formação de quelóides, acelerar a cicatrização pós-cirúrgicas, estimular a produção de colágeno e fibras, inflamação periférico, feridas, úlcera de pele (inclusive lepra), melhorar o aspecto da pele (nos casos de queimaduras)), desordens nervosas, dismenorréia, disúria, doenças do aparelho urinário e genital femininos, doenças vasculares periféricas, doenças venéreas, epistaxe, escrófulas, formigamento, gordura localizada, hematêmese, hemorróidas, icterícia, malária, pernas pesadas e doloridas, sarampo, senilidade.
Contra-indicações/cuidados: não deve ser usada por grávidas e por lactantes, pessoas com insuficiência renal ou hepática, pessoas com gastrite e úlcera. Pessoas com hipersensibilidade a quaisquer dos componentes da fórmula, pacientes com depressão do SNC, pois os bromosídeos podem influenciar no tratamento. Pessoas que ingerem álcool também não devem fazer uso da centella asiática
Efeitos colaterais: pode produzir foto-sensibilidade, irritação gástrica, aumento do colesterol, efeito sedante. Em excesso pode causar náuseas.
Mecanismo de ação da Centella Asiática
Princípios ativos: Tanino, matérias resinosas e pépticas.Os constituintes da fração triterpênica da centella atuam normalizando a produção de colágeno ao nível dos fibroblastos, promovendo o restabelecimento de uma trama colágena normal e flexível e conseqüentemente “desencarcerando”as células adiposas, permitindo a liberação da gordura localizada graças à possibilidade de penetração das enzimas lipolíticas. Esta função promove a normalização das trocas metabólicas entre corrente sangüínea e os adipócitos. Esta função é ainda auxiliada pela melhora da circulação venosa de retorno e pela diminuição da fragilidade capilar, que combate os processos degenerativos do tecido venoso.
Também controla a fixação da prolina e alanina, elementos fundamentais na formação do colágeno. Sua ação sobre os edemas de origem venosa orientam o tratamento das celulites localizadas.
Favorece o processo de cicatrização e age sobre fibroses de várias origens.
Apresenta certa ação antiinflamatória. O asiaticosídeo presente na centella tem ação antibiótica e age como cicatrizante de feridas na pele. A centella age como um eutrófico do tecido conjuntivo, normalizador da circulação venosa de retorno, tônico, vasodilatador periférico, calmante, antiirritante, refrescante, anticelulítico e preventivo de rugas. Estimulante, diurético, narcótico; usado como estimulante cutâneo, no tratamento de dermatoses, eczemas, manifestações sifilíticas, reumatismo, escrófulas, Lepra. Externamente o infuso é usado no tratamento de úlceras e demais afecções cutâneas.
Como fitoterápico a centella é indicada também em úlceras varicosas, hematomas, rachaduras da pele, varizes e celulite.
Como fitocostmético é indicado no tratamento da celulite e da gordura localizada.

 

HESPERIDINA
É composto por bioflavonóides cítricos obtido pela extração hidroalcoólica do limão. Propriedades: antiiflamatória, anti-oxidante, antialérgicas, hipolipêmicas, vasoprotetoras e anticarcinogênicas. Ajuda a melhorar a absorção de Vitamina C e protege sua molécula da oxidação melhorando o seu funcionamento, devido ao seu apoio aos capilares ajuda a prevenir hemorragias e rupturas dos vasos pequenos.

Por: Nicole P.

Terapia Quantica, https://cantinhodasaude.webnode.pt/, www.vitalsil.pt,, www.natiris.pt, www.sovex.pt,

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